Tem sido um hábito às Quintas-feiras: sempre que é divulgado qualquer relatório de qualquer organismo internacional com números a favor do governo do Dr. JMN, lá vem a nossa jovem e “emperiquitada” ministra confirmar e reiterar a boa governação tambarina.
Pior é que, mesmo quando esses números não abonam a favor da actuação deste governo, a jovem ministra, sempre com aquela pose, um esforçado sotaque alfacinha e uma boa desculpa na ponta da língua, tenta mostrar o contrário.
Quando os números são a favor, gaba-se que são os melhores do mundo. Todavia, quando esses mesmos números vêm dizer o contrário, se não for a comparação com “nuestros hermanos” africanos, arranja sempre uma forma diferente de os ler.
Foi, por exemplo, com a pontuação relativa ao Índice de Desenvolvimento Humano atribuída a Cabo Verde no último Relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, onde o nosso país aparecia no 121º lugar: o pior de sempre (basta lembrar que em 2001, o país encontrava-se em 100º).
A jovem ministra disse, na altura, que era um “posicionamento aparente”, uma vez que, no lote dos 182 países analisados, “vários outros factores não foram tidos em conta”. Disse mais: os resultados do relatório “espelham com fidelidade os avanços registados no país”. Pareceu-me difícil de acreditar: apesar de os números serem os piores de sempre, no entender da jovem ministra “espelhavam avanços”. A jovem ministra no seu melhor!
É claro que tudo isto tinha os seus dias contados. Um dia, tinha que acabar. Tinham que aceitar a evidência: que este governo falhou. Acabou por acontecer, agora, com a divulgação do relatório do Fórum Económico Mundial, onde o nosso arquipélago, num lote de 139 países, aparece na posição 117 do ranking de competitividade. Nem as infra-estruturas (com nota negativa de 2.8), a maior bandeira do Dr. José Maria Neves, conseguiu safar-se.
Curioso um facto que, porventura, terá passado despercebido a muita gente: desta vez, além da reacção com um “sorriso amarelo” e envergonhado evidente na cara do Primeiro-ministro e Ministro da Economia, Dr. José Maria Neves, não se ouviu nem se viu qualquer reacção da parte da jovem ministra. Nem um “pio”!
Quais foram as verdadeiras razões para este “esquecimento” da jovem ministra? Por ter andado em afazeres partidários (leia-se em campanha) lá para as terras de tulipas (parece que nem o bom cheiro destas flores lhe fez bem!) ou porque tem andado muita distraída? Prefiro acreditar que, com o “defeso político”, a nossa jovem ministra está em baixa de forma, aliás à imagem de todo o governo.
Entretanto, quem esteve atento ao último encontro semanal desta Quinta-feira, certamente terá percebido que a jovem ministra voltou, mais uma vez, a ignorar esses números. Até quando durará este estranho silêncio? É melhor ficarmos todos atentos às próximas aparições da nossa jovem ministra.
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