sexta-feira, julho 16, 2010

O DIAGNÓSTICO DE UM PAÍS

Todos nós já fomos ao médico. Quando lá vamos, temos todos a tendência em irmos bem vestidos (escolhemos a nossa melhor camisa ou o nosso melhor vestido) e todo contente. Com o nosso melhor aspecto físico possível. Inconscientemente, ou não, fazêmo-lo para impressionar o nosso médico. Para lhe mostrar que estamos “bem de saúde”.

OBRIGADO, POETA ARMÉNIO VIEIRA!

Quando ouvi o carismático presidente Lula chamar um cabo-verdiano para lhe entregar o prémio Camões 2009, confesso que me emocionei. Foi arrepiante.
Ouvir o nome do meu país, o nome de um conterrâneo meu, numa cerimónia em que estavam presentes altas figuras da vida política e cultural da CPLP, foi um motivo de grande orgulho e satisfação. Não sei se um dia vamos ganhar um Nobel, mas para mim foi como se fosse.

O PAÍS QUE TEM MAIS TAXA QUE EMPREGO

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou a taxa de desemprego (TD), melhor dizendo, as “taxas de desemprego”. Percebeu? Parece-lhe confuso? A mim, também.
Pode parecer-lhe estranho, mas é verdade. De uma assentada, o país passou a ter duas taxas de desemprego: a nova, de 13,1% e a antiga, de 20,9%. Já agora, isto não dá direito ao Guinness?

DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS

Há dias, depois dos meus afazeres académicos, e conforme faço religiosamente todos os dias, fui à net espreitar as “notícias di terra” (já agora, abro este parêntese para agradecer os Jornais e a TCV por este serviço que prestam a Diáspora via net, mesmo apesar de alguns defenderem a “lei da rolha” para estas novas tecnologias de informação e continuarem a ter dificuldades em saber conviver com elas).

“GERAÇÃO GOOGLE” OU “GERAÇÃO CAVERNA”?

O YouTube, uma espécie de televisão da net, fundado em 14 de Fevereiro de 2005 (data do resgisto do domínio), está a comemorar o seu quinto aniversário.
Graças à ideia de três jovens - Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karimr (foi quem fez o upload do primeiro vídeo - Me at the Zoo -, onde aparece num jardim zoológico a fazer humor com as trombas dos elefantes) -, hoje, qualquer pessoa pode “fazer televisão”: pode ser o autor, o produtor e o realizador de um vídeo, e, depois, colocá-lo no YouTube. Que ideia genial!

O PODER DA IMAGEM

“A imagem sobrevive sem os políticos, mas estes não sobrevivem sem a imagem.” (Autor desconhecido)
O canal de televisão português, TVI, exibiu, há dias, uma grande reportagem,"Cabo Verde: No País da Morabeza”, em que “tentou” mostrar o país real e todo o seu percurso, desde a independência, até os dias de hoje.
Em vésperas de duas importantes efemérides - 35º aniversário da independência e 550 anos da descoberta das nossas dez ilhas - e numa altura em que se fala tanto na “Onda e Marca Cabo Verde”, a peça jornalística, que foi conduzida pela jornalista Conceição Queiroz (creio de origem cabo-verdiana ), veio em boa hora.

CATÁSTROFES NATURAIS: ESTAMOS PREPARADOS

De há uns tempos a esta parte, o mundo tem sido abalado por sucessivas catástrofes naturais geológicas (terramotos, tsunamis ou erupções vulcânicas) e climáticas (inundações, secas ou tempestades).
Nos últimos trinta anos, o número desses desastres naturais, em todo mundo, vêm aumentando a uma taxa média anual de 6%, e, só em 2008, foram responsáveis por mais de 236 mil mortes e US$ 181 biliões em prejuízos, segundo estimativas da ONU.

AS FUNÇÕES DE DEPUTADO E DE ADVOGADO SÃO (IN)COMPATÍVEIS?

Estamos a, sensivelmente, um ano das eleições legislativas. Os partidos já começaram a afinar a máquina, a traçar as estratégias e a preparar para escolher os rostos - candidatos a deputados da nação.
Em vésperas de eleições, esta discussão em torno dos “deputáveis” sempre foi difícil e controverso. Acredito que, desta vez, voltará a sê-lo, para não fugir a regra.

CISÃO DA ELECTRA: FOI ESCOLHIDO O MELHOR MODELO?

No último ano findo, o sector energético - o subsector eléctrico, em particular - ficou, indubitavelmente, marcado por dois casos: o anúncio da REESTRUTURAÇÃO DA ELECTRA e o negócio ELECTRAxINPS.
Esses acontecimentos despoletaram, na sociedade civil cabo-verdiana, uma série de vozes críticas e construtivas, de vários quadrantes (colunistas, comentadores, políticos, técnicos, etc.).