segunda-feira, dezembro 27, 2010

NEVES: O PRÓXIMO EX-PRIMEIRO-MINISTRO


Durante a sua breve estadia em Cabo Verde (uma coisa cada vez mais rara desde que começou a descarada campanha na diáspora), o primeiro-ministro sentiu-se obrigado “a dar a cara” ao país inteiro para reagir à nota negativa que o seu governo obteve no “exame” da competitividade.
O que se viu foi um homem encabulado, sem ambição e, mais estranho de todos, sem paleio. Basta ver a resposta dele quando foi questionado sobre a nossa pontuação no ranking: “O facto de termos entrado é precisamente porque passamos a ser muito mais competitivos”.
Ouvir um argumento como este, vindo de alguém com uma capacidade de argumentação e de retórica que todos nós reconhecemos (melhor: reconhecíamos), confesso que não estava à espera. Costuma-se dizer que contra factos não há argumentos. Nem sempre! Às vezes há argumentos, só que fracos. Foi o caso.
Negar que não foi um “chumbo”, mas sim que devemos ficar todos orgulhosos por já termos entrado na avaliação, é um argumento, no mínimo, infeliz. Vejamos!
Primeiro, não fomos os únicos estreantes. Além de nós, entraram para o índex mais seis países. Deste grupo, quatro - Irão (69), Ruanda (80), Líbano (92) e Moldávia (94) - conseguiram ficar em lugares honrosos e muito à frente do nosso país (117).
Ou seja, esses países não só entraram pela primeira vez na lista, como fizeram-na dignamente. Ora, se eles conseguiram entrar, e bem, por que carga de água é que a nossa única e exclusiva ambição deverá ser a participação? Não quero comparar o nosso país nem com o Irão e nem com o Líbano, no entanto, tanto a Ruanda como a Moldávia estão ao nosso alcance. Só para se ter uma ideia destes dois países de que estou a falar, no indicador “PIB per capita” (fonte: Fundo Monetário Internacional), por exemplo, estamos em 126.º lugar (US$ 3.548,49), enquanto que a Moldávia está em 135.º (US$ 2.962) e a Ruanda em 164.º (US$ 1.148).
Segundo, revela uma tremenda falta de ambição do chefe de governo. Quando estava a ouvir o Dr. JMN, lembrei-me, de repente, daquelas pessoas que participam nas corridas só para terem direito à camisola. Só para aparecerem na televisão. Quando são questionadas, no final da corrida, pela má prestação na prova, respondem sempre desta forma: Ah, fiquei em último lugar? Isto não interessa. O que conta é ter entrado na prova, mesmo que seja só por desporto ou pela camisola oficial da prova.
Digo-lhe, sinceramente, Dr. JMN, os cabo-verdianos não querem um PM assim. Um PM sem ambição. Um PM que governa “só por desporto”. Um PM que governa só para “ganhar a camisola”. Se não consegue fazer melhor, se não consegue ser mais ambicioso, só lhe resta um caminho: sair enquanto é tempo.
A par disto tudo, as trapalhadas (agora mais este “negócio opaco” da incineradora) continuam a amontoar-se. Já nem as “insuspeitas” sondagens conseguem aguentar mais o “barco amarelo”, completamente à deriva. O paleio, esse já se viu que está esgotado e já não engana mais nem aos mais distraídos. Tudo isto junto prenuncia um futuro já inevitável: José Maria Neves vai ser o próximo ex-primeiro-ministro de Cabo Verde.
Durante a sua breve estadia em Cabo Verde (uma coisa cada vez mais rara desde que começou a descarada campanha na diáspora), o primeiro-ministro sentiu-se obrigado “a dar a cara” ao país inteiro para reagir à nota negativa que o seu governo obteve no “exame” da competitividade.
O que se viu foi um homem encabulado, sem ambição e, mais estranho de todos, sem paleio. Basta ver a resposta dele quando foi questionado sobre a nossa pontuação no ranking: “O facto de termos entrado é precisamente porque passamos a ser muito mais competitivos”.
Ouvir um argumento como este, vindo de alguém com uma capacidade de argumentação e de retórica que todos nós reconhecemos (melhor: reconhecíamos), confesso que não estava à espera. Costuma-se dizer que contra factos não há argumentos. Nem sempre! Às vezes há argumentos, só que fracos. Foi o caso.
Negar que não foi um “chumbo”, mas sim que devemos ficar todos orgulhosos por já termos entrado na avaliação, é um argumento, no mínimo, infeliz. Vejamos!
Primeiro, não fomos os únicos estreantes. Além de nós, entraram para o índex mais seis países. Deste grupo, quatro - Irão (69), Ruanda (80), Líbano (92) e Moldávia (94) - conseguiram ficar em lugares honrosos e muito à frente do nosso país (117).
Ou seja, esses países não só entraram pela primeira vez na lista, como fizeram-na dignamente. Ora, se eles conseguiram entrar, e bem, por que carga de água é que a nossa única e exclusiva ambição deverá ser a participação? Não quero comparar o nosso país nem com o Irão e nem com o Líbano, no entanto, tanto a Ruanda como a Moldávia estão ao nosso alcance. Só para se ter uma ideia destes dois países de que estou a falar, no indicador “PIB per capita” (fonte: Fundo Monetário Internacional), por exemplo, estamos em 126.º lugar (US$ 3.548,49), enquanto que a Moldávia está em 135.º (US$ 2.962) e a Ruanda em 164.º (US$ 1.148).
Segundo, revela uma tremenda falta de ambição do chefe de governo. Quando estava a ouvir o Dr. JMN, lembrei-me, de repente, daquelas pessoas que participam nas corridas só para terem direito à camisola. Só para aparecerem na televisão. Quando são questionadas, no final da corrida, pela má prestação na prova, respondem sempre desta forma: Ah, fiquei em último lugar? Isto não interessa. O que conta é ter entrado na prova, mesmo que seja só por desporto ou pela camisola oficial da prova.
Digo-lhe, sinceramente, Dr. JMN, os cabo-verdianos não querem um PM assim. Um PM sem ambição. Um PM que governa “só por desporto”. Um PM que governa só para “ganhar a camisola”. Se não consegue fazer melhor, se não consegue ser mais ambicioso, só lhe resta um caminho: sair enquanto é tempo.
A par disto tudo, as trapalhadas (agora mais este “negócio opaco” da incineradora) continuam a amontoar-se. Já nem as “insuspeitas” sondagens conseguem aguentar mais o “barco amarelo”, completamente à deriva. O paleio, esse já se viu que está esgotado e já não engana mais nem aos mais distraídos. Tudo isto junto prenuncia um futuro já inevitável: José Maria Neves vai ser o próximo ex-primeiro-ministro de Cabo Verde.

0 comentários:

Enviar um comentário